Recentemente Rita Lee esteve em Florianópolis e deu uma bela entrevista a minha querida amiga, jornalista Larissa Schmidt. E um dos assuntos abordados foi uma discussão que hoje é inevitável: mercado da música com a internet. Quando perguntada sobre o motivo de ter saído de grandes gravadoras ela resumiu : “As gravadoras grandes tem, por isso que elas estão na UTI, por causa que não têm visão, não investem nos alternativos. Eles preferem investir em clonados, por isso que a Net é a vitrine musical e é o futuro. Não adianta você ficar discutindo ‘ahh os direitos autorais, a pirataria’...bicho...é assim que se apresenta agora. Não tem jeito.”
E eu digo que para alguns artistas isso já é realidade. O Teatro Mágico é prova disso. Disponibilizando toda a produção cultural do TM, o grupo conseguiu ser conhecido nacionalmente. Lota shows, tem seguidores a quem eles chamam de “extensão da trupe” que fazem o que nenhum rádio ou programa de massa em TV fez: espalhou o trabalho entre milhares de pessoas. Se apresnetam no Brasil inteiro em shows para 2 mil pessoas.
Outros artistas também investem na música livre na rede: Leoni, Humberto Guessiguer e Duca Leindecker com o trabalho Pouca Vogal...e muitos outros. Em Santa Catarina, os músicos que estão fazendo nossa cena, também usam do download gratuito como ferramenta de divulgação e têm conseguido lotar shows e conquistar um público que está aprendendo a valorizar a música feita por aqui: Tijuquera, Aerocirco são exemplos disso. A banda Aerocirco criou o “panela Virtual”, site que disponibiliza músicas da banda e de outros artistas.
E isso é uma arma poderosa na divulgação dos artistas.
A internet hoje dá ao maior interessado, o consumidor, o poder de escolha: se eu gosto eu baixo, conheço, me torno fã e vou comprar o produto dos caras porque é isso que acontece.
Mas tem muitos artistas que condenam essa atitude. Alegam que não é justo dar de graça o trabalho feito. Mas desde quando o artista de sustenta somente com a venda de CDs distribuídos por gravadoras se o que eles recebem é muito pouco.
Divulgando o trabalho eles vão ter a chance maior de terem seus shows lotados, com público conhecendo seus trabalhos.
Recentemente O Tetaro Mágico esteve me Floripa, os ingressos foram esgotados em horas.
O Pouca Vogal lotou o mesmo teatro (da UFSC) com todo mundo cantando as músicas inéditas...quer fidelização maior que essa.
Não há nada mais sincero do que você ter a liberdade de ouvir todo o tipo de música e decidir o que você quer ter em casa. Isso é a verdadeira interatividade.
Essa é uma discussão longa, mas é um caminho sem volta!
Em tempo: ontem iria ser votada a PEC da música. Uma Proposta de Emenda à Constituição que reduz os custos de CDs e DVDs brasileiros produzidos na Zona Franca de Manaus. Se a
Se aprovada, o preço dos produtos deverá cair 25%.
Mas a votação não aconteceu por falta de quorum (vergonha nacional), foi transferida para quarta feira que vem, afinal quinta e sexta eles não trabalham, segunda estão voltado prá Brasília...eita nóis...
E ainda tem o Senador Azeredo querendo o AI5 digital, uma PL que quer vigiar a internet e transforma, por exemplo, em crime o compartilhamento de músicas pela rede. Graças a mobilização a votação desse absurdo recuou. Voltou para a Câmara dos Deputados. Mas temos que ficar alertas... temos que aprender a votar!!!!
Viva a liberdade e não podemos abrir mão disso!!!
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