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domingo, 19 de junho de 2022

La Traviata da Camerata Florianópolis!

Uma noite de GALA para nossa arte!


La Traviata interpretada pela Camerata Florianópolis, músicos convidados e elenco de bailarinos e cantores foi um espetáculo primoroso. Cenário, iluminação, figurinos emolduraram o talento de cada um que esteve naquele palco. Legendas no alto do telão, deixaram todos sem perder o fio da meada da história!


A  ópera fala de uma história de amor entre uma cortesã, Violetta, e um jovem da classe alta, Alfredo. Os dois apaixonados encontram pelo caminho o preconceito que acabou fazendo com que os dois se separassem e só se reencontrassem no fim da vida de Violetta.  De Giuseppi Verdi, a opera é pura emoção e os nossos artistas mandaram bem demais.

Eu, particularmente, quando vi que teriam 3 intervalos, achei que seria cansativo. Mas nada. Passou rápido demais e me emocionou muito. prova que quando é bom, o espetáculo te envolve de um jeito que a gente não consegue explicar! Isso é arte!!!! Todos ali no palco foram excelentes, mas deixa aqui eu fazer uma reverência a Carla Domingues: que voz! que interpretação! Assim como Giovanni Tristacci na pele de Alfredo e Douglas Hahn como Giorgio, o pai de Alfredo. Além de serem exímios cantores, são ótimo atores! 


Sobre a Camerata, já falei muitas vezes aqui: todo mérito a esses músicos que popularizam o erudito, se jogam em  projetos improváveis e sempre o fazem com uma dedicação brilhante. Que bom que temos a Camerata em Florianópolis. 

No fim do espetáculo falei ao Maestro que lindo seria ter esse espetáculo ao ar livre, na rua, na frente da catedral, por exemplo. Porque eu não tenho dúvidas que o público iria amar! Nossa arte precisa estar nas ruas, ser acessível. Então, patrocinadores, bora?

Vou deixar aqui uma foto da fica técnica porque TODOS merecem ser citados! Não quero esquecer ninguém!!


Parabéns e que em breve a gente possa ter este espetáculo novamente!


Bastidores:

                            Eu, Paola e a maravilhosa Iva Giracca 


                            Eu, Paola e Silvio com o Maestro

domingo, 5 de junho de 2022

TITÃS 40 ANOS


O show começa com "Sonifera Ilha" e assim que a música termina Sérgio Brito explica: "Hoje nós estamos aqui desfalcados. Branco Mello vocês sabem, não está podendo estar presente aos shows (ele está afastado para cuidar da saúde) e Beto Lee descobriu que está com Covid dias antes da nossa viagem aqui pro sul". Tony Belloto completa: "então esse é o show da superação e vamos contar com vocês." Pronto, a noite estava ganha. Um contrato direto com público que lotou o CIC e estava muito a fim de ver aquele show.

E vou dizer: o público que esteve lá foi um show à parte. Foi lindo de ver o calor humano, as reações, a pegada junto com esses caras que são grandes da nossa música.   


Eu fui de coração aberto, sem grandes expectativas e me surpreendi. Foi um baita show!

Repertório muito bem escolhido passando por grandes sucessos e por obras que não ganharam tanta popularidade, mas que são maravilhosas como a ópera "Doze Flores Amarelas".

Um show como este, tem um tempero especial: a memória afetiva. Para quem viveu a efervescência da música nacional nos anos 80, 90 não tem como não ter feito uma viagem ao tempo durante o show. 


Titãs explodiu com Sonífera Ilha e depois foi um sucesso atrás do outro. Mesmo com uma receita na mão que estava dando certo, não se acomodaram. Quando poderiam ter repetido a fórmula eles chutaram os móveis da sala e chegaram com "Cabeça Dinossauro"! Que disco minha gente. Lembro até hoje do dia em que sai da loja com a bolacha nas mãos e a ouvi pela primeira vez. Um trabalho inquietante que quanto mais eu ouvia, mais amava. Pra mim um dos melhores da banda pela proposta, letras e ativismo sem cair no lugar comum. Tanto que as músicas estão atuais até hoje, o que nos mostra que o país mudou muito pouco de lá pra cá.


Quando surgiu, em 1982, a banda tinha um número de integrantes incomum: chegou a ter 9, mas na formação mais clássica já eram 8: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Sérgio Britto, Nando reis, Paulo Miklos, Marcelo Fromer, Tony Belloto e Charles Gavin. Outros dois nomes chegaram a fazer parte da banda no começo da história: Ciro Pessoa e André Jung. 

Com o crescimento da banda e a experiência de estrada e de vida, os integrantes foram se desenvolvendo e os talentos cada vez mais crescendo. Se tornaram, realmente, um grupo de Titãs da nossa música brasileira. Tanto que a banda começou a ficar pequena para tanta ideia, tanta criatividade e aos poucos boa parte dos integrantes foi saindo. Resolveram investirem em suas carreiras solos.

Que bom que Branco, Sergio e Tony não deixaram essa história ficar no passado.


O show deu recados muito importantes: preconceitos, violência contra a mulher e outros temas políticos importantíssimos. Tudo regado ao apoio incondicional de um público ilhéu que ama Titãs. 

E não é à toa: Titãs tem uma bela história com a ilha. Pimeiro porque os manezinhos se apossaram de "Sonifera Ilha" como sendo uma música para a Ilha da Magia e também porque foi aqui que a banda gravou um dos DVDs mais lindos: "Titãs "MTV, ao vivo" no Forte São José da Ponta Grossa, em Jurerê, isso em 2005. Na época, tive a oportunidade de acompanhar dos bastidores e foi lindo demais.

Hoje, saí de lá, com o coração aquecido e com a memória em dia. Lembrar tantos sucessos e tantas músicas lindas fez bem pra alma!!! Parabéns meninos: nunca deixem esta história morrer.

Eveline Orth, obrigada pela recepção sempre!!! Linete Martins, obrigada pela atenção, carinho!!! Vocês contribuem muito para o enriquecimento cultural da ilha"

Até o próximo.