Powered By Blogger

domingo, 21 de junho de 2015

Roupa Nova em Biguaçu!




Depois de quase 10 anos, fui ver novamente o grupo Roupa Nova. A ultima vez que os vi foi no teatro do CIC, desta vez foi no Centro de Eventos Petry, em Biguaçu.

Bom, o Roupa Nova faz parte da historia da minha vida e foi graças a uma dica do Serginho, baterista, que me tornei jornalista. Acho até que já contei essa historia, mas vou repetir de forma reduzida.
Lá pelos anos 80, eu e mais umas amigas (nos conhecemos em filas de shows) tínhamos a mesma vontade: conhecer os nossos ídolos sem aquele clima de camarim, tietagem etc... a gente queria conversar com eles. Éramos fãs do 14 Bis, A Cor do Som, Pepeu e Baby etc... e claro, do Roupa Nova. Então bolamos um plano que na época deu muito certo: marcávamos conversas com eles no hotel. A gente ligava pra todos hotéis até descobrir onde estavam hospedados. E dava muito certo(hj, mesmo profissionalmente, é difícil conseguir entrevista). A gente dizia que era pra trabalho de escola rsrsrs Bom, no papo com o Roupa Nova, no hall do Floph, estavam ali os 6 meninos muito simpáticos e a conversa foi maravilhosa a ponto de uma hora os papeis se inverterem e eles começarem a nos fazer perguntas. Obviamente, sacaram que éramos mais fãs do que entrevistadoras. Até que o Serginho perguntou o que iríamos fazer de faculdade e eu prontamente falei: vou ser bioquímica ( oi???) sim era esse meu plano rsrsrsrs. Quando falei isso o Serginho me olhou e falou: menina, você tem que ser jornalista. Você é que a mais perguntou aqui e entende da música brasileira. Tem que escrever sobre isso. Bingo! Me lembro que fui pra casa com aquilo na cabeça, fui até a UFSC ( na época não tinha internet) e peguei um livrinho dos cursos. Descobri que no curso de jornalismo não tinha matemática, química e nem física(e isso que eu queria ser bioquímica, né?) e aí não tive dúvidas: vou fazer jornalismo e aqui estou eu exercendo essa profissão que eu amo, há 30 anos!
Então, dá pra imaginar que esse grupo realmente marcou minha vida!


Fui para o show hoje pronta pra me emocionar. Mas....me emocionei bem menos do que esperava. Primeiro porque o local do show não era propício para muitas emoções. O Centro de Eventos Petry é uma belíssima casa, enorme, organizada, mas é uma casa pra balada. O show começa tarde com serviço de bar e cozinha. E tem muita gente que bebe muitoooo e fica berrando coisas desconexas durante o show além daquele transitar infernal... Você pode assistir ao show em mesas e camarotes distantes do palco ou na pista...eu sempre prefiro a pista. Então, o show é um detalhe e a barulheira acaba tirando um pouco da concentração.
Segundo porque o show do Roupa Nova virou algo mega. Eles são perfeitos, até demais. Eu prefiro aquela música orgânica, mais crua. Neste show eles comemoram 35 anos de carreira e uma carreira vitoriosa. Viraram uma indústria, uma empresa onde tudo funciona em torno da marca Roupa Nova.
Durante o show tem o momento de vender canecas e camisetas, tem o momento de lembrar que eles são os autores de jingles e temas e eles lembraram os mais marcantes, como o tema da vitória ( música do Sena), abertura do vídeo show, as bases das músicas da Xuxa e por aí vai. Também colocaram o Padre Fábio no telão cantando com eles um tema pela paz e em alguns momentos o Nando, baixista, era o mestre de cerimônia que pedia aplausos, deu discursos, uma coisa meio programa de auditório. Dispensaria essa parte. Também dispensaria umas músicas onde no telão aparecia imagens do novo DVD que eles gravaram a bordo de um cruzeiro com letras fraquíssimas. Mas é um belíssimo show, sem dúvida, só que eu achei tudo meio mecânico demais.
No entanto, houve pontos altos: Milton Nascimento no telão cantando com eles Nos Bailes da Vida e a interpretação de sucessos que eu amo como "A Força do Amor"(uma das músicas que mais gosto deles), Anjo, Trem Azul, Sapato Velho (que abriu o show), Dona e a fatídica "Coração Pirata".



Foi muito bom vê-los.  Eu, particularmente, prefiro o teatro, onde só a música interessa. O show buzines fica um pouco de fora.
Saudades mesmo eu tenho da época de Lumiar, Sábado, Fora do ar...mas isso é nostalgia minha. Eles tem que olhar adiante e seguir com novas músicas afinal, não é à toa que estão completando 35 anos.
Tenho que agradecer a Eveline e a Raquel que botaram pilha pra eu ir. A Ju, da Alvo Comunicação, pelo convite.
Foi bom ver aqueles meninos, agora senhores, mais uma vez! Mas o próximo espero poder vê-los em um teatro, não sei se isso vai acontecer porque eles estão em outra "vibe", mas quem sabe né?


Um comentário:

Anônimo disse...

Que história, hein!? Beleza! (Juliano Gastaldi)